domingo, 28 de dezembro de 2008

Frio.

Noite de Natal.Uma anciedade vem dominando o corpo o dia todo e de noite já completou o corpo inteiro.A vontade de escrever é engrandecedora.Todos os problemas em sua cabeça pulsam: a irmã nervosa, o tempo com a família, o ano que está por vir, escola,trabalho,curso, sua paixãozinha,indecisões nas escolhas.Então se apronta para escrever...Um berro vindo do seu quarto diz: Desliga tudo que eu quero dormir.A Porta abre e entra sua GRANDE IRMÃ que deita na cama e fica a olhar como se esperace que Susana saisse do quarto.Susana desliga tudo, levanta e beija sua irmã,pensando que assim poderia acalma-la,e sai do quarto que um dia foi seu, que agora é de seus pais, mas não pertence somente a eles mas a todos.Ao ultrapassar a porta do quarto sente uma angústia em seu peito.Vai para a cozinha e tenta terminar alguns projetinho.Se empolga a escrever mas a anciedade e angústia teimam em domina-la da ponta do dedo do pé até a cabeça.Seu coração dói, explode. O corpo começa ficar mole. Levanta e vai para sala procurar um sossego ,longe do barulho insuportável da TV. UFA! Agora estou livre,vou ler e relaxar!AH! Não consigo. A cabeça pesa, mil coisas giram na cabeça. Ah, não essa merda vai ter sair da minha cabeça!Brigando com sigo mesma soltou da boca varias palavras que sua mãe diria ser indecentes.Se chacoalha, se esfrega na parede ( Susana acredita que o frio da parede tem uma energia que a acalma), bate com os pés no chão, roda pela sala de braços abertos, chacoalha as mãos, que parece vibrar de tanta energia acumulada, conversa em voz alta com seus obsessores espirituais, o expulsam, Grita! Mas nada acontece. Admite sua loucura e sai para o quintal e olha um maço de cigarro ali, parado.O maço é de seu pai. Sem pensar muito acende um e traga.
Ahhh! Que alivio.....
No outro dia acorda as 11h, está sozinha em casa com seu sobrinho.Levanta-se do colchão jogado no centro da sala.Meio sonolenta ainda vai até a cozinha bebe água, e lava o rosto no banheiro,se olha no espelho, sente-se como se não existisse, enxuga o rosto e se arruma. Dá uma agenitada na casa, hoje ela não está tão animada assim.Liga o som e fica ali ouvindo música, relebrando os tempos planejando o futuro.Deitada, "existindo sem existir".Um aperto no coração começa a apontar,uma vontade morrer, deixar de existir.Desesperada com esses pensamento procura o telefone, oprimeiro nome que vem a mente é Glória. Glória? Por quê? Ela liga nimguém atende.Segundo nome.Vem a lembrança uma velha amiga, faz tempo que não a vê. Liga.
Oi!
Tudo bem?
Sim, queria te ver!
O que foi? Aconteceu alguma coisa? Sua irmã está bem?
Não, tá tudo bem só queria conversar.
OK! mas tem certeza que está bem? Vem aqui em casa mais tarde.
Estou indo!
É que eu vou sair, eu passo aí mais tarde.
OK!

A tarde inteira olhando no relógio, fumando cigarros no banheiro(Desde quando ela fuma? Não sei! Desde ontem acho.) escondido das crianças que brincam na sala,lendo e olhando o relógio.Tarde mais angústiante! 20h no portão ouve-se o grito: Susana! Ela corre abraça sua amiga.Escorre de seu corpo toda a tristeza, toda angústia, toda a impureza.

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