quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Um novo posto.

A melhor parte da vida se compõe na solidão.É nela que você se conhece e percebe quem está a sua volta.O pensamento, o que se passa ao redor de seus olhos, ou não, até quando se fecha os olhos e se deixa sentir o que está acontecendo em você e o que envolve o seu corpo,tudo é sentido, cada passo, o seu mover é completamente percebível a você. Começamos entender a todos, vivemos a análizar o mundo. Foi assim, sentada no muro que divide a areia da praia das calsadas e ruas, onde passam pessoas e carros incessantes que não se cansam de rodar e rodar o mesmo local, nos milhões de grãos de areias trazidas pelo mar, em uma repetição constante donde o mar vai e volta trazendo-as carinhosamente como se fosse a mãe ensinando seus filhos a andar com as proprias perninhas iniciantes, chegam assim a beira do muro que estou sentada, e vejo a frente um rapaz sentado,sozinho aclamando o belo fim de tarde.De certo aquele belo rapaz, sentado beira mar, instigou-me muito.Levanto de meu posto, que guardo a varios dias seguidos, e caminho até o adimirado homem.Sento-me a seu lando, ele estável sem quanse nenhum movimento continua a olhar a imensidão de água em forma de ondas que quase chegam a bater em seus pés.Uma canga estendida sobre a areia,sobre esta, um livro, canetas e um caderno ao lado do belo rapaz.Impressionada pelo fato dele nem notar a minha presença logo pronunciei a mais conhecida palavra entre a comunicação dos humanos: Olá!( com um sorriso delicado)O rapaz olha-me com certo ar de estranheza e pega seu caderno, fixa-se nele e folheia como se procura-se algo.Nesse momento não consegui segurar minha curiosidade fulmin ante sobre ele e soltei mais palavrinhas... O que você faz aqui? Nesse momento ele me olhava paralizado parecia uma indignação pelo o que eu tinha dito. Pronto! fiz merda, o cara quer ficar sozinho e eu aqui atrapalhando o momento.Levantei-me. Já de costas para ele ouço suas palavras:
Corri, e percorri tudo
a procura de algo que nem conhecia
comecei então a fugir daquilo que eu nem sabia se existia.
O encontrei.
Ele estava dentro de mim.
Não entendia o que acontecia aqui dentro.
Perguntei a todos, ninguém respondia.
Parecia que meus ouvidos estavam cheios de ventos zunzunado,
impedindo de ouvi-los.
Novos dias sem dormir,
andando a procura das respostas.
Perguntava a todos,
ninguém me respondia!Ninguém!
Isso me deixava cada vez mais insensato.
Com todo esse inrreconhecimento próprio paro aqui,
a frente dessa imensidão de areia.
Ao longe começo a ouvir um som diferente,
um som que de primeiro ato parece-me familiar.
Ah!Há tanto tempo só ouço o zunzunar do vento.
Mas não era o mesmo som.
Sim! Era o som do mar .
A tanto tempo não o ouvia assim.
Sentei-me então aqui,
para apreciar essa bela visão e explendido som.
A paixão pelo som se tornou imprescindível e agora crescera a admiração pelo mar.
Sentado aqui, espero que o mar venha me buscar.
Enquanto isso leio meu livro e escrevo sobre o que vejo.
Sabe o engraçado?
Um dia desses... Ah! notei até aqui em meu caderno.

10:15h Mulher vestida de branco.
As vezes parece que o mar está brincado com agente, quando temos medo ele vem até nós para nos assustar, com aquela ondas, e quando o queremos pertinho foge como uma rapariga assustada.

Engraçado.
Isso me leva a pensar.
São três anos aqui
esperando que o mar venha me buscar
e ele nunca tocou nem meus pés.

Conversei horas com aquele belo rapaz.A noite chagará tão rápido que nem tinha percebido.

Uma canga estendida sobre a areia da praia, beira mar, sobre esta, um livro, canetas e um caderno. A sobrevivência de sua alma foi composta por esses intens aqui sentados.Se alimentava de cada palavra entre as linhas do livro, os digeria e lançava a caneta sobre o caderno. Dias e dias ali, esperando que o mar o alcançasse e o levasse junto dele. Fazer parte das ondas, ser ela, sentir sem pudor o corpo de alguém se banhando em seu corpo-mar. Mas o mar não chega nem a tocar as pontas de seus dedos.
Ser a areia que massagei os pés de outrem, ser o castelo erguido pelo pequeno garoto, e destruido pelo adulto inconcequente, a areia que esconde as mais belas concha que por sua vez são enviadas pelas belas ondas do mar.
Ser então,o vento! O vento provocante que levanta a saia, bagunça o cabelo e acaricia o rosto da linda morena e depois rouba-lhe um beijo, para assim seguir seu caminho entre a imensa praia vibrante de desejos.

Foi assim que li em seu caderno, que ficará comigo.Depois que ele sumiu entre a imensidão do mar que finalmente o engolia, sentei-me, e ali fiz meu novo posto.

Um comentário:

G. disse...

Aaaahhh... Você também tem obsessão pelo mar... O belo homem e a menina estão dentro agora do livro que escrevo. Ele é marinheiro e ela bailarina. Surpreendente o final do seu texto. Adorei. Continue assim, olhando o mar como quem mergulha de cabeça.
Beijos da sua admiradora Priscila